A gastronomia nordestina preservada em São Paulo

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A capital paulista por ser um grande centro econômico e político do Brasil possui uma grande presença de imigrantes nordestinos. Estes povos vieram para a maior cidade do país em busca de mais oportunidades de emprego e para fugir da seca que atingia a região nordestina. Assim sua cultura e crenças ricas com influências africanas, indígenas e européias intrínsecas em todo seu folclore foram empregues em São Paulo.

Segundo dados do Seade, a partir da Segunda Guerra Mundial com o desenvolvimento industrial, São Paulo atraiu nos anos 60 cerca de 128 mil migrantes por ano. Além do clima desfavorável, o aumento da migração nordestina resultou-se ao transporte acessível, mas precário, “pau-de-arara”, caminhões de carga que transportavam migrantes pela Estrada Rio-Bahia.

Cerca de 28,5% da população brasileira é nordestina isso explica a grande diversidade dessa cultura que se expande em cada canto do território nacional se tornando fator de atratividade entre estrangeiros e habitantes de todo o Brasil.

Carne-de-sol e pimenta são indispensáveis no preparo de uma boa refeição nordestina. Segundo Mara Salles, pesquisadora da cozinha brasileira, o cuscuz, a tapioca e o beiju têm a importância do pão e são feitos à base de farinha de mandioca, (aipim), que é essencial na mesa do nordestino, além de ser indispensável para engrossar pirões, favas, feijões e ainda acompanhar pratos com miúdos como buchada e sarapatel. Pratos típicos como rabada, caruru, mão-de-vaca, arroz de cuxá, espinhaço torrado, sururu de capote, são algumas opções que compõem a variada gastronomia nordestina.

Com isso, a culinária nordestina foi, sem dúvidas, incrementada no cardápio do Sampa Prime, os alimentos passaram a ser consumidos não só por imigrantes nordestinos, mas por todo paulistano que acabou apropriando-se dessa rica gastronomia.

Fonte: Buque